PAGANISMO
“Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (Gênesis 6: 2; tradução de João Ferreira de Almeida)
Não amaste por que, Deus, imitando
Os anjos que perderam-se nos braços
Das mulheres e em seus doces regaços
Dormiam, as auréolas repousando?
Não contam os pagãos rememorando
Que seus deuses repousam nos abraços
De seus mortais amantes e em bagaços
Descansam, já com o peito bem mais brando?
Ah, se o gozo soubesses bem do amor,
Desse encontro das almas enlaçadas
Em dois corpos carentes de calor,
Trocarias as leis estipuladas
Lá no deserto estéril e sem flor
Por outras em lençóis juramentadas...
(São Gonçalo, dezembro de 2011 – versão final: 4 de outubro de 2014)
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