terça-feira, 26 de agosto de 2014

41° Hangout d'ARCA - Um ateu lidando com as pressões religiosas nos círculos sociais - com Sergio Viula


Então galera, para quem não conseguiu participar e nem assistir ao vivo, segue o vídeo do nosso quadragésimo primeiro HANGOUT d'ARCA realizado este último sábado dia 23/08/2014, onde, juntamente com o filósofo e teólogo Sergio Viula, abordamos o tema "Um ateu lidando com as pressões religiosas nos círculos sociais". Ele já foi casado, é pai de dois filhos, já foi pastor evangélico e hoje é ateu, homossexual assumido, membro da LiHS e ativista LGBT. Esse hangout está imperdível e cabe ressaltar que o pessoal participou ativamente pelo youtube com perguntas diversas. Você não pode perder. Não esqueça de se inscrever em nosso canal, curtir e compartilhar o vídeo afim de disseminar o conhecimento de qualidade e gratuito. Não perca.


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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Refletindo - Texto de um expectador nosso


Texto de um expectador nosso, https://www.facebook.com/elsonmosca, comentando sobre as falas do Maestro Bogs no hangout de quinta feira, dia 21/08.

"REFLETINDO:

Na semana passada, ouvi de um jovem, Maestro Bogs, num hangout do Canal d'Arca (https://www.youtube.com/user/canaldarca?feature=em-uploademail), no site youtube, referindo-se, ele, ao fanatismo religioso extremo, entre muitas, as seguintes palavras:

"...é aquilo que eu chamo de efeito da 'pedra filosofal'... eu tenho a 'pedra filosofal' e nessa 'pedra filosofal' está a solução de todos os problemas... a 'pedra filosofal está acima de qualquer causa, qualquer meio ou qualquer fim, então vale tudo em nome da minha 'pedra filosofal' e eu tenho que mostrar isso pro mundo de qualquer jeito..."

"...essa noção de que a minha causa é maior do que qualquer coisa me dá a falsa impressão de que eu tenho o direito de passar por cima dos outros em nome desta causa, e o nome disso é fanatismo, e é próprio exclusivamente das religiões... em qualquer ideologia, qualquer causa pode ter um 'idiota com um parafuso a menos' a ponto de se deixar levar pelo brilho da 'pedra filosofal'..."

Referia-se este jovem a casos extremos de fanatismo, onde religiosos, crentes, invadem igrejas e destroem imagens, verdadeiras obras de arte, simplesmente porque sua fé, ou sua religião, professam que cultuar imagens é errado. A 'pedra filosofal' que ele menciona seria a 'base' da crença que mantém qualquer crente, e entenda-se por crente qualquer religioso, não apenas o protestante ou evangélico.

Achei perfeita a colocação deste jovem, que com muito bom senso nos mostra que ninguém tem o direito, em nome de sua própria crença, de desrespeitar a crença(ou a descrença) do próximo, e surpreendam-se, este jovem, o Maestro Bogs, é ateu.

Vou além, diante do muito que vejo, não há "verdade própria" no mundo que dê a quem quer que seja, o direito de agredir, insultar, humilhar ou destruir a "verdade alheia", e se não for por argumentos lógicos e fundamentais, numa discussão pautada no respeito mútuo, muito menos ainda... seja cristão, católico ou protestante, seja budista, islâmico, judeu, ateu, gnóstico, criacionista, darwinista, etc... seja marxista, nietzschista, freudista, e qualquer outro "ista"... não há nenhuma "verdade" que justifique qualquer tipo de agressão, mesmo que verbal... a "liberdade do pensamento" é conquista natural do ser humano, e se tratada com respeito, permitirá sempre, cada vez mais, sua evolução, mesmo que a passos lentos.

Intolerância religiosa e falta de respeito à crença(ou descrença) alheia é sinal de atraso e demonstra que sua própria fé é cega e falha!

E esta reflexão ainda pode ser utilizada na política, principalmente no momento em que vivemos... nenhum partido, nenhum candidato, seja para que cargo for, é "unanimidade", todos tem seus potenciais ou seus defeitos... nada justifica, em nome da política, que se "pise" no teu próximo simplesmente porque ele não escolheu o mesmo partido ou candidato que você!

Pensem nisso!

A todos, uma semana repleta de muita paz e harmonia,
grande abraço"

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

40° Hangout d'ARCA - Direita x Esquerda: Você realmente sabe o que significam? - com Leandro Lui


Então galera, para quem não conseguiu participar e nem assistir ao vivo, segue o vídeo do nosso quadragésimo HANGOUT d'ARCA realizado este último sábado dia 16/08/2014, onde juntamente com o Historiador Leandro Lui, abordamos o tema "Direita x Esquerda: Você realmente sabe o que significam?". Além de ser graduado em História, com licenciatura plena pela Universidade Católica de Santos, ele também é pesquisador sobre Imigração Espanhola. Este Hangout foi sensacional e o pessoal participou ativamente pelo youtube com perguntas diversas e inúmeros elogios. Você não pode perder. Não esqueça de se inscrever em nosso canal, curtir e compartilhar o vídeo afim de disseminar o conhecimento de qualidade e gratuito. Não perca. 


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OS PROSTÍBULOS


O sujeito, morador da capital, resolveu passar as férias numa cidade do interior. Mas, como estava muitos dias sem sexo, resolve procurar um prostíbulo na cidade, mas não sabe onde ficam. Resolve perguntar ao padre, que tomava um cafezinho na padaria:
-- Padre, bom dia. Cheguei há 5 dias nesta cidade -- eu moro na capital -- e não consegui ainda assistir uma missa. Onde fica a sua igreja?
-- Estão vendo, senhores, o que é um bom católico? Meu filho, siga essa rua aí de frente até chegar numa ladeira. É só subir que você já vê a minha igreja.
O turista começa a fingir que está escandalizado:
-- Isso é uma blasfêmia! Eu vou contar para o bispo! Ele não pode deixar isso impune!
-- Como blasfêmia, meu filho?
-- Como uma pessoa pode ter coragem de construir uma igreja no meio da zona? Das casas de tolerância? No distrito da perdição?
O padre começa a rir: -- Você está enganado, meu filho. A zona do meretrício é do outro lado da cidade: duas quadras atrás da prefeitura.
-- Obrigado!

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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

MENDIGOS E A TEOLOGIA

Imagem do interior do Santuário de Porto das Caixas - Itaboraí - RJ. No altar, a imagem do Cristo está coberta por um vidro para protegê-la das mãos dos fiéis.

Mendigos e a teologia

Os mendigos compreendem a Teologia. Pelo menos a sua parte prática.
A Igreja Católica, por exemplo, diz que a salvação depende das obras. Os evangélicos dizem que, para ir pro Céu, basta levantar a mão quando o pastor pergunta quem quer aceitar Jesus como Salvador. (E depois, quando um desses convertidos larga a igreja e se assume gay -- conheço vários assim -- os crentes dizem que ele não aceitou Jesus de verdade.) Essa é a razão pela qual há mais mendigos nas imediações das igrejas católicas que das igrejas evangélicas.
Os dois lugares onde eu vi mais mendigos foram: 1) ao redor da Catedral da Sé, em São Paulo; 2) nas imediações do Santuário de Porto das Caixas, distrito de Itaboraí, RJ. (Esqueci o nome do Santuário. É uma igreja barroca da época do Brasil Colônia. Lá pelos anos 1950, reza a lenda, que um coroinha gritou assustado dizendo que o crucifixo do altar estava sangrando. Até hoje há um forte cheiro de sangue junto ao altar-mor. Já li alguma coisa sobre esse milagre ter sido forjado, mas uma notícia assim não circula muito porque não dá IBOPE). Eram tantos os mendigos em Itaboraí que o padre colocou uma tabuleta pedindo para as pessoas não fazerem promessas para, caso atendidas, acenderem velas, mas sim para doar alimentos aos necessitados da região.
Então os mendigos sabem que a possibilidade de esmolas junto a uma igreja católica é bem maior. Imagina se alguém vai pedir dinheiro próximo ao Templo de Salomão!

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39° Hangout d'ARCA - Design - Inteligente ou inapropriado? - Com Silvia Gobbo, Sergio Guedes e Adalberto Cesari


Então galera, para quem não conseguiu participar e nem assistir ao vivo, segue o vídeo do nosso trigésimo nono HANGOUT d'ARCA realizado este último sábado dia 09/08/2014, onde, pela primeira vez em um hangout com convidados, tivemos 3 abordando o mesmo tema, "Design - Inteligente ou inapropriado?". São eles, a ecóloga Silvia Regina Gobbo, o físico Sergio Guedes e o biólogo Adalberto Cesari. Este Hangout foi sensacional e o pessoal participou ativamente pelo youtube com perguntas diversas e inúmeros elogios. Você não pode perder. Não esqueça de se inscrever em nosso canal, curtir e compartilhar o vídeo afim de disseminar o conhecimento de qualidade e gratuito. Não perca. 


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domingo, 10 de agosto de 2014

O SINO


Já falei em outro texto aqui que, no Brasil, a separação entre Igreja e Estado se deu de Direito e não de fato, pois os sucessivos governos continuaram agindo como se a Igreja Católica fosse a igreja oficial do Estado.
Um exemplo disso é o caso que vou contar: estive ano passado em Ouro Preto e várias pessoas me disseram para visitar a Igreja do Padre Faria (mas no corre-corre acabei não visitando. Tenho que voltar lá para visitá-la). A razão desse amor das pessoas por aquela igreja é a seguinte: o padre Faria foi o primeiro padre de Ouro Preto e aquela a primeira igreja. O padre Faria já tinha morrido quando Tiradentes foi enforcado. Mas o substituto do padre Faria foi o único sacerdote que teve dó do Tiradentes e se atreveu a bater o sino em homenagem a ele, lamentando sua morte.
Pois bem. Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960, dia de Tiradentes. Para comemorar a data, Juscelino levou esse sino para bater na capital durante a cerimônia de inauguração.
Anos depois, quando Tancredo Neves morreu, não sei foi ideia da viúva ou do vice José Sarney (cuja erudição e devoção são inquestionáveis) o sino foi levado de novo à Brasília para bater nos funerais de Tancredo.
A diferença é que hoje a Igreja Católica perde terreno e a bancada evangélica tenta fazer com que a crença evangélica seja a religião do Estado, de fato embora ainda não de Direito, como a católica sempre foi.


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DESCRIÇÃO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE OURO PRETO


Aos guias turísticos de Ouro Preto

As torres da fachada recuadas,
Logo acima da porta está Maria
Com anjos, duas janelas não ornadas...
Acima dela, quem jamais diria?
O santo que é famoso em humildade
Os estigmas do Cristo recebendo
(Cristo com serafina identidade,
Entre nuvens e raios, estupendo).
Quando andas pela nave em direção
Ao altar, o chão treme aos passos teus:
Tinham aquelas tábuas por missão
Corpos guardar de quem buscava Deus.
          Eis no altar-mor Francisco, sobranceiro,
          Com um crânio na mão, qual Hamlet mineiro.

(31-07-2014)


SEGUNDO SONETO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE OURO PRETO

Por Ataíde o teto foi pintado:
Eis o Reino dos Céus que se apresenta
Pelas altas colunas sustentado
– E o templo pro infinito assim se aumenta.
No centro da pintura, eis Maria
Por anjos como sempre acompanhada;
Logo abaixo, seus salmos cantaria
Davi se a voz pudesse ser pintada.
Agostinho, Jerônimo, Gregório
E Ambrósio, que doutores são da Igreja
Formariam um canônico auditório
Para o cantor que voz há muito almeja;
          Também eu não consigo a sacristia
          Mostrar-vos: o soneto explodiria!

(1º de agosto de 2014)


TERCEIRO SONETO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE OURO PRETO

Nas paredes da igreja está pintada
Pela mão de Ataíde magistral
A história de Abraão: a fé testada,
O filho quase dando ao deus Baal.
Era Javé e não Baal? Talvez
Terei ficado cego e a diferença
Não vejo. Abraão pois satisfez
A dúvida do Deus de pouca crença.
Entremos afinal na sacristia
Onde a cegueira vemos ser louvada
Na escultura tão linda de uma pia:
Olhos vendados, testa coroada.
          Protesta contra a dúvida em Latim
          Frase que não faz eco algum em mim.

(10 de agosto de 2014)



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ROSA LUXEMBURGO, MONTESQUIEU E O DÍZIMO


A globo anda incomodada com o crescimento dos evangélicos e suas repetidas comédias querem nos convencer que foram as igrejas evangélicas que inventaram o dízimo, como se a Igreja Romana nada dissesse sobre o assunto.
Pagar o dízimo é ponto pacífico em todas as igrejas que conheço. Mas de onde se originou essa prática?
Todas elas vão dizer que tem base na Bíblia. De fato, o "Gênesis", o primeiro livro da "Torá", o livro da lei, cujas histórias tem a intenção política de explicar o conteúdo da lei expressa nos outros quatro, diz que o primeiro a pagar o dízimo foi Abraão que, indo guerrear, prometeu a Melquisedeque, que, na cidade de Salém, acumulava as funções de rei e de sacerdote, dar a décima parte do que obtivesse na guerra para Deus, de quem ele, Melquisedeque, era representante.
Quando se dá a conquista de Canaã (Palestina), a terra é dividida entre 11 tribos e a tribo de Levi nada recebe, porque os que nascessem nessa tribo estavam destinados ao sacerdócio e, por isso, deveriam ser sustentados pela comunidade dos fiéis, mediante o dízimo.
O único momento em que o Novo Testamento fala de dízimo é quando Jesus esbraveja contra os fariseus: "Naquele tempo, Jesus disse: “Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas." (Lucas 11: 42). Mas Cristo falava de uma prática necessária ao culto judaico, não para a Igreja que ainda não tinha nascido. (A Igreja nasce, conforme ensina o Vaticano, no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desce sobre os fiéis.)
Não há nenhum registro na Bíblia de que a Igreja cristão primitiva recebesse dízimos. Pelo contrário: entre eles não havia propriedade privada: quem ingressava na comunidade vendia seus bens e entregava tudo para ser administrado pelos apóstolos, conforme diz o livro de Atos 2, 32. Razão pela qual, no início do século XX, a líder comunista Rosa Luxemburgo ter tentado a aproximação entre comunista e cristãos no livro "O Socialismo e as Igrejas - O comunismo dos primeiros cristãos", dizendo que a Igreja primitiva teria sido a primeira experiência socialista. Já ouvi dizer que, no século XIX, Karl Marx teria dito o mesmo, mas eu não li o texto dele.
Mas, segundo Montesquieu, a Igreja passou séculos sem cobrar o dízimo de seus fiéis. Apenas quando o imperador Carlos Magno apoderou-se de valiosas propriedades da Igreja, autorizou que ela cobrasse o dízimo como compensação. Ele explicou isso no capítulo XII do livro trigésimo primeiro da sua grande obra "Do Espírito das Leis". Procurem na biblioteca pública mais próxima e confiram. Mandem cópia para Edir Macedo, Waldemiro Santiago, R. R. Soares, Silas Malafaia e para o papa Francisco.

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sábado, 9 de agosto de 2014

RACHEL DE QUEIROZ E A BANCADA EVANGÉLICA


É difícil saber quando e onde surgem expressões idiomáticas. Já li em vários lugares que a expressão idiomática "estupidamente gelada" teria sido criada por Tom Jobim.
Não sei quem primeiro usou a expressão "bancada evangélica", mas vejam o que Rachel de Queiroz disse em 1992, quando a juventude fazia passeatas contra Fernando Collor e essa expressão ainda não era repetida no noticiário:
"Sente-se, contudo -- e aí é que está um dos grandes perigos do tal caos --, que o povo vem se desenganando muito da tão louvada democracia. O povo se sente um pouco como criança perdida na rua: passado o primeiro deslumbramento da liberdade, vê-se só, cercado de ameaças, tem medo e está pronto a segurar a primeira mão que lhe for estendida, a mão de um guia que lhe dê segurança. É nessas horas incertas que medram os oportunistas, com as suas cantigas e promessas. Por mercê de Deus, ainda não apareceu ninguém especialmente carismático, clarinando ilusões, aliciando os assustados. Sim, felizmente não há liderança à vista que -- pelo menos por ora! -- consiga embriagar uma unanimidade, ou ao menos uma maioria. Os velhos caciques já perderam os dentes e os novos não começaram bem, decepcionaram. Duvido que, de hoje em diante, vá alguém conseguir outros 35 milhões de votos.
Assim mesmo, tenho tanto medo daquele possível aventureiro com quem dom joão VI ameaçava o filho, e que nos vinha empolgar a coroa! Chego a temer até o 'bispo' Macedo! É que eu vi pela televisão o estrago que ele fez no congresso do Maracanã. O dinheiro lhe chovia em cima como mariposas, os acólitos só tinham o trabalho de encher os sacos enormes com a voltante pecúnia que tombava das mãos dos fiéis sobre a arena. E se o povão dá com tanto gosto a um cara daqueles o que ele menos tem, que é o dinheiro, imagine só como não dará voto, que é de graça!...
É isso, realmente, o que mais me apavora."
(QUEIROZ, Rachel de. As terras ásperas. Rio de Janeiro e São Paulo: sem data, pág. 169. -- Coleção Mestres da Literatura Brasileira e Portuguesa.)
Esse texto foi publicado na íntegra na coluna que Rachel mantinha na "Folha de São Paulo", no dia 23/8/92.

Falta de aviso não foi.


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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

CARL SAGAN E OS MILAGRES


No livro "O Mundo Assombrado pelos Demônios", Carl Sagan, falecido em 1996, diz que, desde que em 1858 foram anunciadas pelo mundo inteiro as aparições da Virgem Maria em Lourdes, milhares de pessoas alegaram ter sido curadas ao visitarem esse santuário. Bem, digam elas o que disserem, o Vaticano, até o momento em que Carl Sagan escreveu essa obra, só admitia 65 curas, que o cético cientista não teve como analisar. Então, vamos dar o benefício da dúvida à Igreja.
O que mais me impressiona nisso não é o fato de alguém ter sido curado em Lourdes -- caso realmente tenha sido. O que mais me impressiona, e, para ser honesto, preciso congratular o Vaticano, é o fato de que a Cúria Romana não se apressa em alardear milagres, como fazem os milionários que vendem curas diariamente na TV brasileira, enquanto eles mesmos usam os serviços dos hospitais da elite, pagos com o dinheiro dos pobres que os procuram.



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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

DE FATO E DE DIREITO


Não sei se no resto do mundo é assim, mas no Brasil as coisas se dividem em duas categorias: de fato e de Direito. Porque a lei diz umas coisas mas na prática não é bem assim. A laicidade do Estado é um desses casos.
O que realmente mudou na vida dos brasileiros com a República? Os republicanos criaram a certidão de nascimento (antes quem registrava as crianças era a Igreja Católica, razão pela qual todo mundo tinha que batizar os filhos), a certidão de casamento (no Império, só existia o casamento realizado dentro dos templos católicos) e entregou os cemitérios para as prefeituras (muito conveniente para quem precisava sepultar um suicida, por exemplo: todos os mortos passaram a ter a mesma dignidade). E a União avisou à Igreja que ela só teria mais um ano para receber a côngrua (uma verba que o governo destinava à Igreja, pois os sacerdotes eram funcionários públicos), a fim de que ela ajustasse suas finanças de acordo com a nova realidade, preparando-se para o tempo das vacas magras.
Bem, tirando essas questões que afetavam ao povo em geral e aos cofres da Nação, de resto, o governo federal continuou agindo como se o Catolicismo fosse a religião oficial do Estado. Querem dois exemplos fáceis de conferir? Vão ao Palácio do Catete e verão em seu interior uma sala chamada de "capela", dedicada a atividades religiosas. Mas com uma decoração que só interessa aos católicos. Um judeu ou um batista não gostaria de fazer ali suas preces. Outro exemplo: junto ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, há uma pequena igreja católica, naquele terreno que pertence ao estado do Rio de Janeiro.
Agora, em que a Igreja Católica perde fiéis, essa prática de privilegiar uma religião em atos oficiais se desvia para agradar o crescente eleitorado evangélico. No município de Araruama, RJ, onde lecionei no ano de 2009, havia uma lei (será que ainda há?) que determinava que houvesse uma Bíblia em cada sala de aula. E em cada sala de aula lá estão uma espécie de altarzinho pregado à parede, que dá sustentação ao livro e, acima dele, um quadrinho com a cópia da lei. Quanto isso terá custado aos cofres públicos? Detalhe: não é uma Bíblia qualquer que você compra em qualquer livraria: é o texto da tradução de João Ferreira de Almeida (de domínio público, pois feito há 200 anos) mas a capa tem imagens da cidade de Araruama. Essas despesas beneficiaram a quem?
Pode-se responder que a atitude dos vereadores de Araruama não fere o artigo 19 da Constituição, por não estarem eles oficializando nenhuma igreja específica ou financiando uma igreja em particular, mas isso é tratar desigualmente cristãos, muçulmanos, budistas, hinduístas, mórmons etc. Por que a Bíblia? Por que não o Alcorão, o Livor de Mórmon, o Bagavad-Gita etc.? Então, para que haja igualdade, ou se retira a Bíblia ou se colocam todos esses e outros mais ao lado dela.
Essa história da Bíblia merece uma CPI. Tem algum leitor aí de Araruama?

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terça-feira, 5 de agosto de 2014

ARIANO SUASSUNA, ANA BOLENA E O "APOCALIPSE"


Uma vez, Ariano Suassuna foi entrevistado no programa Conexão Roberto d'Ávila. O jornalista começou fazendo perguntas sobre a sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol". A frase foi extraída do livro do "Apocalipse" (Cap. 12, 1). Suassuna começou por dizer que considerava o "Apocalipse" um livro belo, "até plasticamente". As imagens descritas pelo livro são, de fato, belas. Se não houvesse o "Apocalipse", eu digo, talvez não houvesse o Surrealismo, não houvesse Salvador Dalí e outros. Drummond disse uma vez que "São João Evangelista foi o maior dos surrealistas". Mas basta que você se declare ateu para que um cristão fundamentalista queira usar o "Apocalipse" para te causar medo. Carl Sagan se queixava do analfabetismo científico do público americano. Eu me queixo do analfabetismo poético e artístico do povo brasileiro, incapaz de ver a beleza das Escrituras; só veem nela uma fonte de medo e uma justificativa da opressão que sofrem.
Fosse eu historiador, estudaria as diferentes interpretações do "Apocalipse" através do tempo.
No capítulo 17, por exemplo, São João afirma ter visto uma prostituta montada numa fera de sete cabeças. Essa prostituta teria se embriagado com o sangue dos santos e cometido fornicação com os reis da terra. No fim do capítulo, ela termina morta pela besta na qual montava.
Ora, é lógico que, se eu pesquisar textos do século XVI, encontrarei interpretações nas quais padres católicos acusarão Ana Bolena de ser essa prostituta, pois Henrique VIII divorciou-se da primeira esposa e, para casar com ela, fundou uma nova igreja e matou quantos continuaram fiéis ao papa na Inglaterra.
E mesmo assim o mundo não acabou.
A cada século, a cada década, em cada igreja, uma nova interpretação do "Apocalipse" surge, acusando quem lhes interessar como sendo a grande prostituta, Babilônia, a Grande.

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FAZENDO CONCESSÕES

Senhores deputados da bancada evangélica, senhores atletas de Cristo, membros do movimento Eu Escolhi Esperar, admitamos por um momento que Deus exista e que é todo poderoso. Deus criou então os bilhões de galáxias. Cada galáxia com bilhões de estrelas. Várias estrelas com planetas girando em torno delas. Alguns desses planetas com luas em torno deles.
É preciso mesmo um ser muito poderoso, e sábio, para criar tudo isso.
Mas esse ser tão poderoso e sábio, que criou esse universo imenso, vai ficar chateado só porque eu troquei uma noite na igreja por uma aventura no motel?

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A FÉ CEGA


Primeiro eu reconheci que era mentalmente incapaz de pertencer a uma agremiação religiosa. Mentalmente incapaz de seguir um credo porque não consigo por limites nos meus pensamentos. Só depois me reconheci ateu.

As religiões desestimulam a dúvida e a experiência. O ver para crer. Durante séculos, a Bíblia não foi discutida. Assim como não se discutia Aristóteles. Um dia, Galileu subiu à torre de Pisa e de lá deixou cair dois objetos de pesos diferentes e ambos chegaram ao mesmo tempo no chão, contrariando o ensinamento de Aristóteles repetido durante séculos. Daí para que os intelectuais discutissem a Bíblia foi um passo.


Agora que estou escrevendo um livro de poemas, vários deles sobre minhas lembranças de Minas Gerais, fui conferir as anotações de minha agenda de 2007. Anotei o seguinte sobre a sacristia da igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto:

"Lavabo da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto. No centro, a fé segura uma efígie do santo e coroa um capuchinho que tem os olhos vendados. Ele traz os dizeres: Haec est ad coelum griae via ducit (Este é o caminho que conduz aos céus). Sob os seus pés, dois cervos bebem a água. No meio a divisa: Ad dominam curro citiens cervus ad undes. (Corro para o Senhor como os cervos correm sedentos de sede.)"

Bem, o próprio Evangelho diz que "se um cego guiar outro cego, ambos cairão numa cova". (Mateus 15: 14) O louvor que as religiões fazem da fé cega contraria o próprio Evangelho e é preciso ser cego voluntário para não ver isso.
E sem a dúvida não há progresso.

Pobres de nós se todos seguissem os conselhos esculpidos na pia da sacristia desse bela igreja de Minas. Felizmente, escreveram em Latim, língua que poucos conhecem.

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7° EDA - Escola Dominical para Ateus - Gênesis 7

7° EDA - Escola Dominical para Ateus - Canal d'ARCA


7° capitulo do programa que vai ao ar todos os domingos e aborda as incoerências e despautérios de um livro que foi escrito por homens antigos, plagiando contos de outros homens mais antigos ainda e que dizem ser a palavra de um deus que não existe. Um livro que se fosse lido na integra e de forma racional por todos os seus seguidores, não possibilitaria a existência de cristãos. Venha aprender mais a respeito da Bíblia sob a ótica ateísta.

Gêneses 7.


DEUS E A RAINHA ELISABETH


Uma vez, dr. House, discutindo com o dr. Chase, disse: "Vocês britânicos são todos iguais!" Chase respondeu: "Eu não sou inglês. Sou australiano." House retrucou: "Mas o dinheiro de vocês tem o rosto da rainha; então são todos iguais para mim."
Fui imediatamente a uma loja de numismática e pedi para ver cédulas australianas. Lá estava o rosto de Sua Majestade. Para compensar o incômodo da funcionária, que abriu o álbum, comprei uma cédula australiana e outra canadense. A partir daí, comecei a colecionar cédulas e moedas de diversos países com o rosto de Elizabeth II e a estudar a monarquia britânica. Curti a página da realeza britânica no Facebook e no Youtube.
Fosse eu um cientista político, escreveria uma tese de doutorado para discutir como a rainha mantém sua influência em países tão distante onde ela dificilmente vai. (Li dois discursos seus feitos na Austrália. Num ela dizia que tinha estado lá 5 anos antes; no outro, ela dizia ter estado distante por 8 anos!)
Interessante é que ela ostenta os títulos de "rainha pela Graça de Deus" e "Defensora da Fé", sendo chefe da Igreja Anglicana (costumo dizer a um amigo que é sacerdote dessa igreja que, se eu ainda cresse em Deus, seria anglicano), mas me parece que Deus, tal qual o primeiro-ministro britânico, deveria, se existisse, visitá-la toda semana para ouvir conselhos. Por quê? Ora, ela sabe como fazer seus representantes andares na linha.
Sendo ela rainha de 16 países, e não podendo estar em dois lugares ao mesmo tempo, 15 governadores a substituem nas outras nações, fazendo o que ela faria se estivesse lá: aconselhar os primeiros-ministros, inaugurar obras, participar de cerimônias cívicas, homenagear cidadãos que fizeram algo de bom por aquele país, estimular iniciativas filantrópicas, receber chefes de Estado visitantes. E, na primeira sessão do Parlamento de cada ano, ler o "Discurso do Trono", discurso escrito pelo primeiro-ministro declarando suas intenções para o progresso da nação no ano que se inicia. Leitura branca, que não demonstre alegria ou descontentamento. Basicamente isso.
E os representantes da rainha andam na linha. Aquele que abusou do cargo, demitindo o primeiro-ministro australiano que tinha o apoio do povo, foi por ela demitido e o ministro amado pelo povo voltou à sua posição. Quando, na conferência da OEA, em Cartagena, discutiu-se a polêmica das Malvinas (Falklands, para os ingleses), o representante da rainha fez o que ela faria: votou a favor do Reino Unido contra a Argentina.
Agora, imagine um encontro em que estivessem presentes o papa Francisco, Silas Malafaia, Divaldo Franco e um membro do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová. Por quanto tempo esse chá fraterno entre representantes de Deus transcorreria tranquilo.
Senhor, apareça qualquer dia no Palácio de Buckingham para tomar um chá.
Acho que, ao invés de Elizabeth II ser "rainha pela Graça de Deus", seria melhor se Javé fosse "Deus pela Graça da Rainha".

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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ALEMANHA 102 X BRASIL 0: É FÁCIL ENTENDER



O Brasil tem perdido da Alemanha por 102 a 0. Sim: os germanos já têm 102 prêmios Nobel e o Brasil não tem nenhum (poderia ter tido um Nobel de Literatura, se Getúlio não tivesse negado a cidadania brasileira a Thomas Mann, filho de Júlia Mann, nascida em Paraty, RJ). Bem, o que esperar de um país como o nosso, que se preocupa tanto com estatísticas a ponto de entregar diplomas de Ensino Médio a analfabetos funcionais, e intimidar professores que ousam reprovar alunos que se recusam a estudar? Eu mesmo já recebi uma advertência porque reprovei massivamente uma turma de sétimo ano fundamental. A cagadora de regras da Secretaria de Educação apenas me advertiu, sem me cobrar explicação nenhuma. A minha explicação seria simples: numa turma de 40 alunos, apenas 4 leram os dois primeiros capítulos de "Vidas Secas", de Graciliano, para responder ao questionário proposto valendo nota.

O fato de sermos um país subdesenvolvido fica claro quando ouvimos um ateu discutir com um estudante de terceiro ano do Ensino Médio. Semana passada, eu li um parágrafo de Montaigne em sala de aula, do famoso ensaio "Dos Canibais". A última frase desse ensaio, no qual o filósofo francês elogia os nativos do Brasil, é : "Mas, que diabo, essa gente não usa calças!" A simples pronúncia da palavra "diabo" causou um rebuliço que mostra que estamos diante de uma geração de adolescentes que têm medo até de palavras.

Foi o bastante para que alguém condenasse o livro de Montaigne (o livro é ruim porque tem uma palavra da qual eles não gostam; se fossem coerentes, condenariam a Bíblia também, pois essa palavra também está lá). E começou a Santa Inquisição.

"Você acredita em Deus?"
"Não."
"E no Diabo?"
"Eles são personagens do mesmo livro. Quem não crê em um não crê no outro."
"Você já leu a Bíblia?"
"Inteira."
"Já leu o Apocalipse?"
"Acabo de dizer que li a Bíblia inteira."
"E como você explica que tudo o que o Apocalipse diz está se cumprindo?"
"Tudo o quê?"
"Tudo."
"Dê exemplos."
"As guerras. Olha o que está acontecendo lá em Israel." (Para eles, Israel, que tem o segundo exército mais potente do planeta, é a vítima, enquanto a Palestina, que não tem exército algum, é o algoz.)
"Você já estudou História? Em que momento da História não houve guerras? No século XX, tivemos as Duas Guerras Mundiais, o Vietnã e as duas Guerras do Golfo. Que eu lembre. No século XIX, tivemos a Guerra dos Farrapos, a Guerra do Paraguai, a Guerra do Ópio, a Guerra de Secessão, que eu lembre. No século XVIII, tivemos a Guerra de Independência dos EUA e a Revolução Francesa. No século XVII, a Revolução Inglesa de Cromwell, e várias guerras religiosas com católicos e protestantes se matando. No século XVI, houve o extermínio dos povos nativos da América pelos colonizadores europeus. E quanto mais a gente volta no tempo, a gente encontra relatos de guerras. Nunca houve um único século em que não houvesse guerras."

Este é o retrato de um país subdesenvolvido em que as pessoas vão para a escola para fazer provas, passar de ano e conseguir um diploma, sem imaginar que o que se ensina na escola tenha qualquer utilidade para as suas vidas. Terreno fértil para as superstições repetidas nas igrejas.

Não, não há progresso no Brasil. Marchamos velozes em direção ao passado.

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domingo, 3 de agosto de 2014

DA CAPELA SISTINA - Para Sergio Viula e Roberto Muniz Dias

Literatura de cordel por Edson Amaro
para Sérgio Viúla e Roberto Muniz Dias


A Capela Sistina contemplando,
Canto de Michelangelo o talento
E a ousadia de pintar em grande bando
A nudez, afrontando o pensamento
Da Igreja que negava o corpo quando
Novos mundos se abriam no Oceano.
Era o Renascimento italiano
Que renovava os clássicos valores.
Às luzes que trouxeram, meus louvores
Nos dez pés de martelo alagoano.

O pintor pôs num cérebro abrigado
Um Deus carnal com seu braço estendido
Mas é Adão que está sendo criado
Ou um segredo que vemos invertido?
O Criador não terá sido inventado
Pelo lóbulo crente num engano,
Por isso parecendo Deus humano?
Do artista que estudava anatomia –
Em segredo – alto aplaudo a heresia
Nos dez pés de martelo alagoano.

Sete profetas foram retratados
E do Gênesis cenas são mostradas
No lugar dos apóstolos pensados
Pelo papa das bulas consagradas.
Nem cenas do Evangelho são tratadas
No teto que parece tão profano
No próprio coração do Vaticano.
Até quatro Sibilas têm lugar:
Pitonisas pagãs a versejar
Nos dez pés de martelo alagoano?

Na Capela infiltrado o paganismo
Das Sibilas, dos fortes corpos nus,
Defender já resolve o Judaísmo,
Credo que professava o bom Jesus.
Eis a marca amarela do ostracismo
Que o povo de Moisés provoca dano:
Ancestral do Messias soberano,
Aminadab a tem no próprio manto.
Comentar tal detalhe causa espanto
Nos dez pés de martelo alagoano!

No painel do Juízo Universal,
Que se vê na parede desse altar,
Oito homens são felizes a trocar
Beijos puros de amor terno e carnal.
Dizem que o bom pintor samaritano
Uma herege escondeu no céu mundano:
Junto à Bartolomeu, junto a Maria,
À Vittoria Colonna ocultaria
Nos dez pés de martelo alagoano.

Visões mil há nas tintas escondidas
Que, no conclave, sempre são caladas.
Se fossem as imagens debatidas,
Corroendo ordenanças antiquadas,
Tradições nunca antes discutidas
Ver-se-iam questionadas ano a ano
E, por mais que dissesse o Vaticano,
Seriam contraditórias as leituras
Dos painéis tal qual são das Escrituras
Nos dez pés de martelo alagoano.

(26 a 29 de julho de 2014)

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38° Hangout d'ARCA - Astronomia, cosmologia x religião e mitos cosmogônicos - com Bruno Nascimento


Então galera, para quem não conseguiu participar e nem assistir ao vivo, segue o vídeo do nosso trigésimo oitavo HANGOUT d'ARCA realizado este último sábado dia 02/08/2014, onde juntamente com o pesquisador Bruno Nascimento, abordamos o tema "Astronomia, Cosmologia x Religião e mitos cosmogônicos". Ele é graduando em astronomia pela UFRJ do Valongo e atualmente realiza pesquisas no Observatório Nacional na área de cosmologia observacional, no estudo de galáxias fósseis. Este Hangout foi sensacional e o pessoal participou ativamente pelo youtube com perguntas diversas e inúmeros elogios. Você não pode perder. Não esqueça de se inscrever em nosso canal, curtir e compartilhar o vídeo afim de disseminar o conhecimento de qualidade e gratuito. Não perca. 


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Trailer do Hangout d'ARCA