sábado, 28 de março de 2015

MORTE


Dizem que ninguém morre ateu.
Bem, eu estou vivo, mas quando pensei estar morrendo, não mudei de ideia.
Não me lembro se foi em 2010, ou 2011, recebi a notícia de que minha madrinha tinha morrido. Na mesa do café, comunicou á família que estava sentido uma dor no peito e disse que voltaria para a cama, para descansar. Duas horas depois, a empregada a encontrou morta.
Uma semana depois dessa notícia, acordei com uma forte dor de cabeça e uma forte dor no peito. E delirei. Por um minuto, acreditei ser outra pessoa. Quando me lembrei quem eu era realmente, pensei: "Estou morrendo igual madrinha Delza. Não adianta nem pedir socorro. Se eu for para rua, não consigo transporte a esta hora da madrugada."
Deitei para esperar a morte. Pensei em tudo que me aborrecia. Já me via livre daquela merda toda.
Acredite quem quiser: não rezei a entidade nenhuma pedindo um dia sequer a mais de vida.
Mas continuo vivo.

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