Dizem que ninguém morre ateu.
Bem, eu estou vivo, mas quando pensei estar morrendo, não mudei de ideia.
Não me lembro se foi em 2010, ou 2011, recebi a notícia de que minha madrinha tinha morrido. Na mesa do café, comunicou á família que estava sentido uma dor no peito e disse que voltaria para a cama, para descansar. Duas horas depois, a empregada a encontrou morta.
Uma semana depois dessa notícia, acordei com uma forte dor de cabeça e uma forte dor no peito. E delirei. Por um minuto, acreditei ser outra pessoa. Quando me lembrei quem eu era realmente, pensei: "Estou morrendo igual madrinha Delza. Não adianta nem pedir socorro. Se eu for para rua, não consigo transporte a esta hora da madrugada."
Deitei para esperar a morte. Pensei em tudo que me aborrecia. Já me via livre daquela merda toda.
Acredite quem quiser: não rezei a entidade nenhuma pedindo um dia sequer a mais de vida.
Mas continuo vivo.
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