No #Um Ateu desta semana, falemos do incrível humorista que, independentemente da crença de seus pupilos, todos sempre o admiraram.
George Denis Patrick Carlin, nascido
em 12 de maio de 1937, em Nova York, foi um humorista,
comediante de stand-up, ator e autor norte-americano,
vencedor de cinco Grammy’s. Pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de
crítica social, a sua mais polêmica rotina chamava-se "Sete Palavras que
não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos
setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto
a palco.
Carlin era
conhecido pelo seu humor negro, assim como seus pensamentos
sobre política, língua inglesa, psicologia, religião, e
vários temas tabus. Carlin e sua rotina "Seven Dirty Words", em
1978, foram o foco da Suprema Corte dos Estados Unidos no caso F.C.C.
vs. Pacifica Foundation, na qual, em uma acirrada decisão por 5x4 dos
votos, os jurados afirmaram o poder do governo de regular material indecente em
sistemas públicos de rádio.
O primeiro de
seus 14 especiais de comédia para TV, para a rede HBO, foi filmado em
1977. Na década de 1990 e 2000, as rotinas de Carlin se focaram
em críticas socioculturais americanas. Ele muitas vezes comentou
em problemas políticos contemporâneos dos Estados Unidos e satirizava os
excessos da cultura Americana.
Em 2004, Carlin
alcançou a segunda colocação da lista da Comedy Central dos 100
maiores comediantes de stand-up de todos os tempos, atrás apenas de Richard
Pryor. Ele se apresentava frequentemente e era anfitrião convidado no The Tonight Show. Em 2008, ele recebeu o
prêmio Mark Twain Prize for American
Humor.
Apesar de ter
sido criado como católico apostólico romano, Carlin era ateu e
denunciava a ideia de Deus. Ele descreveu sua opinião das falhas da religião
organizada em entrevistas e performances1, notavelmente com suas rotinas
Religion2 e There
Is No God3, que
podem ser ouvidas em You Are All
Diseased4. Suas visões sobre religião também são mencionadas no
seu último stand-up para a HBO, It's
Bad for Ya5, onde ele zombou o juramento pela Bíblia como sendo
"besteira", "faz de conta", e "coisa de criança”.
Carlin também
brincou em seu segundo livro, Brain
Droppings, que ele adorava o Sol, uma razão sendo o fato de que ele
podia enxergá-lo. Isso foi mencionado mais tarde em You Are All Diseased, junto
com a afirmação de que ele rezava para Joe Pesci (ator e um amigo
próximo) pois "ele é um bom ator" e "parece ser o tipo de cara
que resolve os problemas!".
Em seu especial
para a HBO, Complaints and
Grievances, Carlin introduziu os "Dois Mandamentos"6.
Em 22 de Junho
de 2008, Carlin foi recebido no Saint John's Health Center,
em Santa Mônica, depois de sentir dores no peito, e morreu pouco depois de
falha cardíaca. Ele tinha 71 anos. Sua morte ocorreu uma semana depois de
sua última performance, no The Orleans Hotel and Casino, em Las
Vegas. De acordo com sua vontade, ele foi cremado, suas cinzas espalhadas,
e nenhum serviço público ou religioso foram realizados.
Em sua
homenagem, a HBO transmitiu 11 de seus 14 especiais, entre 25 e 28 de Junho,
incluindo uma maratona de 12 horas no seu canal HBO Comedy. NBC
programou uma retransmissão do primeiro episódio de Saturday Night Live, no qual Carlin era o apresentador.
Ambos, Sirius Satellite Radio e XM Satellite Radio,
transmitiram uma maratona das gravações de George Carlin, no dia seguinte à sua
morte. Larry King devotou seu show, do dia 23 de Junho, completamente
em tributo à Carlin, com entrevistas com Jerry Seinfeld, Bill
Maher, Roseanne Barr e Lewis Black, assim como a filha de
Carlin, Kelly, e seu irmão, Patrick.
Em 24 de Junho,
o The New York Times publicou um editorial sobre Carlin, escrito por
Seinfield. O cartunista Garry Trudeau pagou tributo em sua tirinha Doonesbury,
em 27 de Julho.
Quatro dias
antes de sua morte, o John F. Kennedy Center for the Performing
Arts havia homenageado Carlin com seu Mark Twain Prize for
American Humor. A premiação foi realizada em Washington, D.C., em
10 de Novembro, tornando Carlin o primeiro recipiente póstumo.
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